sábado

FIL - Lisboa MotoShow


Introdução
FIL durante o meu tempo de escola era uma espécie de palavra que "dava pano para mangas"
eram organizadas autenticas rumarias quando a FIL recebia as Motas...
ninguém queria faltar a tal coisa,

Pensar na FIL, é trazer-me de volta aos anos 80, aos meus 16 anitos...
Quando chegava esse evento, iamos nós em pequenos grupos de Amigos de escola, apanhar o barco, e depois de eléctrico, com umas sandes na mochila para substituir o almoço e tal...

FIL era a caça aos autocolantes, aos catálogos com fotos de grandes Motos que me faziam sonhar...
FIL era tudo muito, tudo era novidade aos meus olhos,
era talvez o único dia do ano que saltava para cima de verdadeiras Motas,
e diga-se de passagem que a viagem de transportes públicos para Lisboa, já era em si um divertimento do caraças.

Quase na mesma altura conheci a Nauticampo na FIL...
A Nauticampo era outra história... e não havia "velhada" do tipo "pais e tios", que não fosse lá ver aquilo, e claro, eu apanhava a boleia com eles...

Agora que eu pertenço à "velhada" e aquela magia da FIL foi-se, ou seja, acabou-se à muito,
quase 20 anos depois voltei à FIL, e seria uma coisa 3 em 1
- aproveitei para dar uma volta
- e por fim visitar as motas da FIL e a Nauticampo
porque que o bilhete de 5€ dava entrada nas duas exposições





se a FIL estava bem recheada ou não, isso eu não sei...
mas havia lá umas coisinhas que me deixam a pensar: - ai se me sai-se o Euromilhões... 
a W800 é uma delas...
linhas antigas, mas com tudo de bom e bem actual...





Na Yamaha gostei de ver a SR400
porque o motor faz-me lembrar a XT500
embora a XT500 seja "outra loiça"
este novo 400cc é talvez motor para uns 120km/h, sem o Pedigree de outros tempos,
mas a elegância está lá, com a qualidade de ter um carter seco, onde o óleo circula pelo quadro junto à coluna de direcção...

Segundo parece custa uns 6 mil €uros... e com esse dinheiro, sejamos honestos...
- estão malucos !! ou quê ? 
porque com esse dinheiro e dentro da mesma marca temos a MT-07 muito melhor equipada,
ou se procurarmos na Honda encontramos a renovada CB500F que é ligeiramente mais barata.
6 mil €uros por uma mota com travão de tambor e 23 cavalitos, vai ser certamente "um tiro num pé".





XV 900 BOLT  
é daquelas motas que tenho vindo a desenvolver um "fraquinho" por ela
é daquelas coisas que não sabemos muito bem explicar porquê...
Eu adoro a HARLEY 883 IRON, porque um dia emprestaram-me uma para rolar à minha vontade..
fiquei simplesmente maravilhado com a experiência,
a simplicidade, o som do motor, a força que aquilo tem, a posição de condução natural, eu sei lá

Saltar duma XT600E para uma Harley, é entrar num mundo diferente,
os pés passam para a frente do corpo (como se aquilo fosse uma scoter),
quando olhamos para os joelhos, não vemos mota para encaixarmos-nos,
e a primeira ideia que me veio à cabeça: - acho que isto não é para mim...
mas quando se anda 200 ou 300 metros tudo muda, e parece que já andamos nela à anos...

Quando vi a BOLT lembrei-me logo da feliz experiência com a Harley...




a MASH 500 Von Dulch atraia muitas atenções...
e claro que também andei por lá a espreitar,
mas talvez seja como a SR400... tanto no preço (que parece ser 6.500€),
assim como no equipamento que não tem (paga-se o estilo, e pronto)
O motor faz-nos lembrar os monocilindricos da Honda que equipavam as XR400.




Uma Triumph azulinha...
a cor azul ficava-lhe mesmo bem... muito diferente do habitual.





Se existi-se lugar para a eleição da Rainha da Feira, eu votava na AJP PR7, made in Portugal, equipada com 660cc fabricado na Minarelli (o mesmo motor que equipa a XT660 Ténéré)
Verdade seja dita que não passa dum protótipo que ainda não provou nada,
mas a AJP é conhecida pela qualidade dos muitos pormenores, onde cruza simplicidade e elegância com uma ciclistica de topo.





Motor -                       1 cilindro / 659,7cm3 / 4 válvulas / refrigeração liquida
Potencia -                   48cv às 6000rpm
Binário -                     55N,M às 5500rpm
Alimentação -             EFI 44mm throtlle body Mikuni
Arranque -                  Eléctrico
Quadro -                     Compósito alumínio / aço
Altura do acento -       930mm
Cap. combustível -     17 Litros
Pneus -                       90/90-21''  140/80-18''
Suspensão dianteira - Marzocchi 48mm / 300mm curso / ajustável
Suspensão traseira -  sistema progressivo / 280mm curso / ajustável 
Travão dianteiro -       pinça de 2 êmbolos / disco 300mm
Travão traseiro -         pinça de 1 êmbolo / disco 240mm
Peso -                         inferior a 155kg




AJP Motos sempre me despertou a atenção porque tem criado muitas inovações
que depois vê-mos (quase do tipo plagiadas) em modelos dos construtores de topo,
"plagiadas" é uma palavra forte, mas é certo e direitinho, é que vê-mos algumas dessas criações pela primeira vez nas AJP´s (Estou a lembrar-me do deposito gasolina debaixo do banco).

Além das muitas inovações como os seus quadros feitos de longarinas duplas de alumínio duplo, os resultados são notórios, e em 2007 laçou o modelo PR3 com 200cc que foi considerada a moto de enduro a 4 tempos mais leve de sempre com os seus 89kg

O braço oscilante que ainda ninguém plagiou é uma obra bonita de se ver,





O pedal de travão que em 99% das motas encontra-se por fora do quadro,
na AJP passa pelo lado de dentro duma forma simples e limpa...
mas também a coisa não se fica por aqui e tudo o resto acompanha o mesmo bom gosto.




Não tenho fotos da protecção do cárter, mas foi uma das peças que mais me chamou a atenção,
porque era robusta quanto basta, e bem pensada e dando uma protecção total à zona da bomba de agua do motor (pormenor que a Yamaha esqueceu no modelo Ténéré)

O convencional cabo de embraiagem foi substituído  por um accionamento hidráulico,
não acredito que seja algo que faça grande diferença numa utilização normal,
mas não deixa de ser um extra muito interessante e uma mais valia.

De resto, não nos podemos esquecer, que a AJP PR7 é um prototipo, e ainda tem algum trabalho pela frente para poder ver a luz do dia.

Simplesmente temos que dar tempo ao tempo.








Havia mais construtores na feira...
a BMW, Ducati, Honda, Harley Davison, Moto Guzi, Suzuki, Piaggio... etc etc
e as habituais revistas nacionais, e casas de venda equipamentos e extras e tal...





Para terminar, sempre que participo em eventos de duas rodas,
encontro sempre 1 ou 2 Amigos que andam ao mesmo...
desta vez não foi excepção, e com a companhia do Né e do Filipe foi "sempre a rir"

Sobre a Nauticampo, pouco há a dizer, aquilo foi uma amostra de outros tempos,
e algo me diz, que a MotoShow tive que dar uma ajuda a valorizar a Nauticampo e vice versa.


Obrigada pela Visita
(Edgar)

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