quinta-feira

TRAVELer's EVENT

Introdução:
Perguntam o mais distraídos,
- o que é isto do Traveler's Event??
- ou por acaso não te enganaste nem nada, e querias era escrever Travel Event??

Pois é... mas ninguém se enganou!
É um evento singular no mundo das duas rodas em Portugal, e que já vai  na sua 9ª edição (entre aspas),
e faço votos para que este evento mantenha-se vivo por muitos e muitos anos...





Já não me lembro onde descobri o cartaz da primeira edição, e que me fez rumar até Avis em 2008...
e arranquei no sábado para ver de perto o tal Travel Event,
depois de uma 6ª feira que choveu "a potes"

Não era nem de perto nem de longe o que se viria a tornar uns anos depois,
mas valeu bem a pena o que encontrei nesse ano, e que vez-me voltar nos anos seguintes,
Nessa 1ª edição apenas ouvi o relato do Carlos Azevedo sobre a sua volta ao mundo, e no Domingo levantei-me cedinho e rolei para casa...
Quando lá cheguei não conhecia ninguém e fiquei sempre sozinho a um canto, e quando saí de lá, continuei sem conhecer ninguém e sem ter conversado com quem quer que seja. Mas isso do sozinho nunca me fez mossa, e simplesmente gostei do que vi e ouvi...

Em  2009 o Rui Baltazar (pai e motor do evento) enriqueceu o programa e nunca mais parou...
Em  2014 tudo indicava que tinha sido o seu ultimo ano, porque o Travel Event era uma coisa da Touratech, e o Rui deixava no ano seguinte de trabalhar com a Touratech...

Embora o evento fosse da Touratech, mas o verdadeiro motor da coisa chamava-se Rui Baltazar,
e em 2015 ganha uma nova vida desta vez com o nome de Traveler's Event

Alem da Touratech ser substituída pela SW-MOTEX,
e que se lixe isso... o nome do evento recebeu mais 3 letras,
e se a coisa se não ficou melhor, pior é que não está de certeza...

Agora a historia é outra... 
ou seja vamos lá esquecer o passado e olhar para 2016

O "menu" prometia ser bom,
A malta das viagens tinham andado bem e trouxeram consigo boas historias, os workshops não iriam faltar, e as grandes marcas marcaram presença com os tests drive das maxines.
(clica na imagem ao lado para ver o cartaz)


Embora reconheça a qualidade do programa do evento,
na verdade e devido à minha maneira de ser, o Travel é apenas uma desculpa para me arrancar de casa,
como tal, vive-se tudo de forma informal, com muita descontracção e o relógio fica sempre em casa.
Resumindo e concluído: foi como se não houvesse programa.




O caminho para Avis pela nacional é sempre agradável,
e aqueles 130 km que separam a garagem do evento, são apenas um aperitivo para quem tem saudades de rolar com trouxa pendurada,

E lá fomos sem paragens...

Uns kms antes de chegar saltamos para fora de estrada por caminhos doutros anos,
com o objectivo de ir apanhar alguns figos para comer e fazer uns reconhecimentos...





A velha figueira que eu conheço, estava depenada...
e lá se foi a intenção de encher o saco com figos,
mas o reconhecimento não foi em vão, e como estava uma brasa do caraças,
do tipo 40ºc ou muito perto disso,
fomos ver como estava o Rio Sôr e aproveitar para arrefecer a cabeça e tal...





Uns minutos depois estava às portas do evento,
e ainda não tinha baixado o descanso da XT já tinha encontrado um Amigo,
e de seguida aparece mais outro Amigo "destas e outras andanças".
Fomos todos beber qualquer coisa fresca e esticar as pernas, e aparece mais outro Amigo que se junta ao grupo...

Resumindo e concluindo, o Traveler's já fervia de vida e actividade...




Agora era tempo de ir levantar a t-shirt de oferta, fazer a inscrição no camping e montar a barraca, tudo sem stress e com todo o tempo do mundo...

E como manda a velha tradição, a barraca é sempre montada quando o sol se vai embora.





A noite seria mais uma noite ao estilo do Travel, com os habituais relatos de viagens, e com as pequenas tertúlias cheias de conversa que andavam sempre à volta do nosso mundo das duas rodas e da forma como vivemos esse mundo...


Algumas viagens (quase todas sobe o meu ponto de vista), têm orçamentos parecidos com o orçamento de estado.
Trabalhar para ter-se aquela guita, e depois lançar-se à estrada com uma bela maquina e com tudo de topo ou lá perto disso... não é uma tarefa fácil, e com certeza que tem muito trabalho e uma vida de dedicada para ganhar esse "ferro" e que nalguns casos essa "guita" ou trabalho é herdado de gerações anteriores...
Mas seja como for, ou com tudo de topo ou não, o que conta é sempre o espírito da coisa...

Outros surpreendem pela originalidade e pelos seus baixos orçamentos, e despertam a curiosidade e admiração de gajos como eu...




Tinha apanhado pela frente um dos fim de semana mais quentes do ano
nem sei ao certo qual era a temperatura, mas que estava uma brasa do caraças, lá isso estava.

Para combater essa vaga de calor, fui mais um grupinho de Amigos almoçar a um restaurante com ar condicionado, e soube mesmo bem, eheheh

A meio da tarde piramo-nos para ir atirar um mergulho,
abrimos uma excepção à regra e trocamos o blusão pela t-shirt...





Fomos para a tal cascata que todos os anos visitamos, e que estava no mesmo sitio
e como se quer... sem lixo ou vandalismos,
onde se vive uma espécie de sensação de sermos pioneiros dum local esquecido no tempo.







Fresquinhos que nem uma alface, era altura de voltar para Avis...
Jantar qualquer coisa e tal... muita conversa disto e daquilo... etc etc...
e terminava mais um dia já de madrugada.

Domingo era dia de voltar para casa,
voltar para casa pode transformar-se o numa depressão,
e então utiliza-se um antídoto que resulta sempre:
- vamos para casa, mas não se sabe muito bem por onde... porque resulta sempre.

O Manel e o Daniel juntaram-se a mim, e lá fomos.
Objectivo:
ir em off road do Maranhão até Montargil sem conhecer o caminho, e sem gps ou tretas dessas.
- e não é que conseguimos... eheheh

Chegamos a Montargil eu lembrei-me que a cota de agua da barragem estava muito baixa,
e que era uma oportunidade de ouro para tentar encontrar a antiga estrada nacional N2 que normalmente está submersa.
Quando vamos para seguir caminho, uma Mota que eu não vou DizeR 350 qual é, não queria trabalhar,
- era só o que faltava, e simplesmente apagou-se de vez...
Motas velhas, chocalheiras com rodas do caraças, é o que é !!

BOM... mas reza a historia que até à data nunca ninguém ficou para trás,
arregaça-mos as mangas (ou arregacei as mangas) e minutos depois estava a bulir novamente.
Simplesmente e sem percebermos porquê, o único fusível estava com mau contacto,
e todos os nossos problemas fossem sempre assim tão simples...

O Daniel seguiu outro caminho e lá fui eu mais o Manel.

E lá estava à nossa espera a velhinha e esquecida N2
e foi para mim um alegria poder passar nesta ponte que está sempre submersa pela agua da barragem.





...e lá vamos pela escondida N2.
Parece que estava a haver um concurso de pesca desportiva junto à tal ponte,
e digo isto porque havia bué de pescadores, e cada um tinha uma "cidade" de coisas à sua volta,
e pergunto eu, como o devido respeito pelos desportistas...
- mas o que apanha o peixe é o anzol, ou aquela "cidade ambulante" de coisas?





eles estavam mesmo concentrados na tarefa, ou na competição...
pois quando passei ao largo deles atirei um "terno de mota",
mais um daqueles trambolhões para o lado e ninguém reparou em mim.. eheheh

...e lá continuamos pela N2,
até que paramos e bebemos a agua que restava, mas a sorte fala sempre mais alto...
encontramos um casal belga que andava a vadiar pelo nosso rectângulo, e eles tinham bué de agua.
O meu Amigo Manel fala fluentemente francês, e deu-lhes umas dicas para caminho,
basicamente conversamos durante uma horita sobre "n" coisas, sempre com a garganta bem molhada,
umas vezes eu com o meu "inglês das docas" e outras vezes com o "franciu" do Manel.




...e siga caminho!





Para terminar...
fomos comer umas bifanas e uma canjinha de galinha ao Migalhas de Pegões,
e foi um final de estômago cheio como se quer...

O tema de conversa durante os comes e bebes foi qual será a próxima volta,
e acho em Dezembro vou Vadiar até El Rocío,
pois parece-me ser um local muito interessante e curioso com muita coisa para ver e descobrir...
e mais que não seja, vale pelo caminho,
e acho que a XT também vai gostar...

(Cartaz do Evento do MotoRocío)
(MotoRocío no Facebook)

OBRIGADA PELA VISITA...
(Edgar)




12 comentários:

  1. Mais um excelente relato!
    Este ano passas a marca dos 100000Kms?
    Abraço

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    1. Olá Nelson
      OBRIGADA
      sobre os kms, acho que ainda não vai ser este ano
      pois faço uns 30 kms por dia e o ano está perto do fim...
      Pelas minhas contas o ano termina e ela fica com 96 ou perto dos 97 mil

      ABRAÇO
      (Edgar)

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  2. Boas Edgar,
    Comprei ainda à pouco um xt600, gostaria de fazer uma revisão. Não sei se posso contar com seu serviço...
    da.martins24@gmail.com
    Obrigado!

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    1. Olá Danilo
      Amigo eu não uma tenho oficina...
      apenas vou fazendo as coisas e aprendendo fazendo,
      eu sou electricista e mecânico de profissão o que me facilita as tal tarefa, embora seja electromecânico de maquinaria pesada (gruas)
      Lamento mas não tenho uma oficina

      ABR
      e muito OBR por confiares tal revisão da tua XT :)
      Edgar

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  3. Gostei bastante e claro com direito a foto da minha Zundapp ainda melhor.
    É mesmo um evento 5*, 2017 estamos lá.

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    1. eheheheh
      ABRAÇO e Obrigada pela visita e pelo comentário
      ... e claro que em 2017 vai haver mais do mesmo eheheh
      (Edgar)

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