quinta-feira

LIBERDADE

Eu tinha de pirar-me!
Porquê ?
não sei... talvez estivesse saturado de tanto lavar as mãos !

Com a chegada da semana 19 e com o fim do estado de emergência que se vive em Portugal, a "nuvem negra" que paira sobre nós, começa a dar tréguas, ou interpretem como quiserem.
Como tal... resolvemos rolar uns quilómetrozecos,

Sempre conscientes que a nossa liberdade termina onde começa a liberdade dos outros...
e claro... mantendo sempre uma distancia física, que muitas das vezes nem se mede aos metros, mas aos quilómetros, eheheheh

Simplesmente fomos sozinhos (eu e ela) à procura de algo novo,
mas antes disso fizemos uma paragem na aldeia de Abela.

Por alguma razão, não sei qual nem porquê, sempre que paro nesta bonita aldeia algo de bom acontece, e desta vez não foi excepção...





Pensem comigo:
Anda muito boa gente cheia de medo por causa da porcaria dum vírus que não se vê nem se cheira...
Eu venho de fora... ninguém sabe de onde eu venho, e quem eu sou!
Quem olhar para mim, pode pensar (e está no seu pleno direito de o fazer),
- lá vem mais um "fura" isolamentos, e anda a passear como se não visse as noticias...
mas nada disso aconteceu...

Como sempre faço quando chego a Abela,
dirijo-me ao chafariz para beber agua,

e eles têm no chafariz um cocharro de cortiça, até tenho uma velha foto desse cocharro.
(esta foto)

Embora não tenha desta vez tirado uma foto ao chafariz, lá estava o velho cocharro a um canto cheio de teias de aranha, por falta de utilização. Mas melhores dias virão.

Mais uma foto desse bom chafariz.





Perguntei a um senhor onde podia comer qualquer coisa:
ele prontamente me respondeu - existe ali um restaurante que está a vender refeições take-away.
mas eu apenas quero algo tipo bolachas ou uma sandes,
- Ahhh existe já ali um minimercado, vá-lá que ele está aberto.
Uma senhora muito simpática atendeu-me no mini-mercado e lá matei o meu apetite...


É sempre um prazer visitar Abela, seja pela sua beleza, seja pela simpatia das pessoas que lá vivem.





Um dia destes volto a Abela, mas com mais tempo...

De volta ao IC1 que nos leva para o Algarve, virei num cruzamento errado e perdi-me,
devia ter virado no cruzamento seguinte, mas pensei:
- e porque não ir em fora de estrada à descoberta até encontrar a estrada seguinte...
e ainda bem que assim foi.

E encontramos uma das afluentes do rio Sado, que não sei o nome...





Dum momento para o outro a nossa cabeça fica "vazia",
apenas temos olhos para ver ou viver o presente...
Sentei-me no chão confortavelmente, sem a preocupação de me molhar ou sujar,
...sem sentir frio ou calor, sem ter fome ou sede, ali ficamos a ouvir o mundo...
a ouvir um ou outro pássaro, a agua a correr, a respirar aquele agradável ar com cheiro a erva fresca...
Nem uma mosca, um mosquito ou uma formiga para incomodar.

Ao fim de algum tempo lembrei-me:
- Tenho que tirar uma foto a isto! ahhh depois tiro que agora não me apetece!
no final lá tirei umas fotos da coisa.






Andar por andar... à procura de trilhos para ir a um lugar que nunca fomos,
é sempre um exercício de sorte, que pode dar certo ou não...
Mas quando temos de dar meia volta porque não deu certo, revivemos tudo novamente...
e é porreiro, nem atrasa nada nos planos, pois eles praticamente nem existem e também nunca levamos relógio eheheheh

Mas sorte estava à nossa espera... e lá encontramos o caminho que queríamos.







Estávamos no caminho certo e era uma questão de tempo para encontrar-mos um monumento megalítico qualquer, do tipo, umas velhas pedras que restam duma velha construção com mais 4 mil anos
...mas por alguma razão devo ter passado perto mas não vi nada.

A 2ª referencia era uma ribeira ou a linha férrea que nos levava a um antigo complexo mineiro...
pois devia ter algo interessante para ver.



e lá estava complexo... ferrugento mas de pé





A mina ainda tem os dois poços abertos, salvo erro com uns 500 metros de profundidade.
A mina deve estar inundada, e atirei três pedritas lá para dentro do poço principal, e pareceu-me que foram longe.

Alguma da velha maquinaria ainda lá está, e podemos ter uma ideia de como funcionou em tempos.

- A alimentação eléctrica das maquinas de triturar o minério;
                                                                 - Os enroladores e cabos de içar o minério dos poços;




- A torre do poço principal
e um dos postos de trabalho da equipa que içava o minério do interior da mina.
Segundo li, esta mina foi das minas mais modernas que tivemos em Portugal,
mas a extracção de pirite deixou de ser rentável e fechou.





Estacionado e abandonado para morrer está um jipe que era usado no interior da mina,
onde já foi subtraído algumas peças como o volante e luzes.





Havia mais umas coisas para ver e descobrir...
mas a minha paciência em tirar fotos era pouca.
Existem dois grandes lagos artificiais, um verdinho e outro avermelhado que devemos manter um certa distancia... pois aquilo de simples agua tem muito pouco.





Gostei do que encontrei...
gostei do caminho que escolhemos...
e estava a necessitar de apanhar ar fresco
depois de tantos dias fechado ou a fugir dum vírus que nunca vi...

Como levávamos a filmadeira no capacete, fomos filmando partes do caminho
e o resultado foi este...




...e OBRIGADO pela visita ao blog
(Edgar)


6 comentários:

  1. Respostas
    1. eheheh pois foi...
      na realidade fui entregar um livro a um Amigo no Alentejo... e aproveitei para dar uma volta.
      OBR pela visita e pelo comentario
      ABR (Edgar)

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  2. Tens que me dizer que camera é essa. Tem boa imagem.

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    1. É uma GOPRO LOW-COST HERO
      Foi comprada no final do ano de 2013, custou nova uns 160€
      atualmente já não existe há venda...
      Ainda funciona bem como quando era nova...
      mas tem limitações como: não dá para trocar a bateria... e apenas filma sem outras mariquices... eheheh
      ABR (Edgar)

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