



ATENÇÃO:
Não sou um marinheiro, nem tenho tradições na Família da coisa,
sou um simples aprendiz na Vela mal aconselhado,
(porque tenho um feitio do caraças)
(porque tenho um feitio do caraças)
e também nunca fui um bom conselheiro...
Comecei a fazer Vela sozinho e a partir do zero,
e comecei por tentar compreender os ricos envolvidos...Talvez seja um bom começo,
sabermos e compreendermos o que é obrigatório usar ou ter a bordo,
e se cumprirmos com as leis e regulamentos, começamos com o pé direito...
Exemplo: Vistoria duma Embarcação de Recreio - Classe 5
e se cumprirmos com as leis e regulamentos, começamos com o pé direito...
Exemplo: Vistoria duma Embarcação de Recreio - Classe 5
Palamenta obrigatória (Embarcações de Recreio de classe 5)
São ferramentas ou equipamentos que selam pela nossa segurança e da embarcação...
- Um colete salva-vidas por cada tripulante
- kit primeiros socorros
- canivete / bússola / lanterna estanque
- um âncora adequada / cabos de amarração e de reboque
- vertedouro / buzina sopro
- e etc etc,
A minha Palamenta foi reforçada com:
- uma pagaia
- um par de remos
- um 2º vertedouro, e duas esponjas (para ensopar e tirar agua),
- um saco à prova de agua para condicionar objectos a seco,
- levo sempre vestido um auxiliar de flutuação com 1 apito,
- uns sapatos de neopreme anti-derrapante, evitam cortes, e dão flutuação,
- um fato de neopreme (que pode ir vestido ou não)
- roupas adequadas, um chapéu, e um par de luvas próprias para velejar,
- telemóvel com GPS numa bolsa própria e à prova de agua,
- relógio de pulso e tabela das marés,
- um pacote de bolachas e agua potável "qb"
Normalmente a Vela ligeira desportiva têm sempre por perto uma lancha rápida de apoio...
No meu caso vou sozinho, e dependo do que levar e da preparação que tiver...
e muita coisa pode acontecer ou ser apenas mais um dia como todos os outros...
No meu caso vou sozinho, e dependo do que levar e da preparação que tiver...
e muita coisa pode acontecer ou ser apenas mais um dia como todos os outros...
Palamenta obrigatória
versus
"Velho do Restelo"
Há conversas que vamos ouvindo um pouco por aqui e por ali...
onde a malta se reúne, nos pontões, estaleiros e etc etc... e ouve-se coisas do tipo:
- faz algum sentido ter aquela navalha flutuante que não serve para nada...
- e o alfinete de dama que era usado no tempo da "Maria Caxuça" e tal e coiso...
Uma vez a subir o Tejo durante uma regata vi o Catraio com 3 tripulantes emborcar agua e desaparecer... Tinham uma vela latina com carregadeiras, (e aquilo era cabos por todo o lado e mais parecia um ninho de cegonhas).
Fui eu que chamei o Semi Rigido da organização veio a todo o gás ajudar,
e fiquei até estarem todos a seco...
Um dos tripulantes (daqueles marinheiros que têm duas mãos esquerdas), assustado, desajeitado, ficou enleado nas carregadeiras da vela... Algumas tiveram que ser cortadas para facilitar, e se não fosse o canivete de ponta redonda, com a ondulação e as aguas turvas o risco de lhe dar uma facada acidental era grande se fosse outro tipo de canivete...
O alfinete de dama ainda é algo que segura uma ligadura molhada no sitio, pois colas e agua nunca se deram bem...
...e imaginem um dia que do nada se forma uma neblina serrada e deixamos de ver terra, se não tivermos uma agulha magnética como vamos garantir que não navegamos ou remamos em círculos...
...- mas eu tenho uma sonda com GPS e tal
Aparelhos que funcionam a bateria? aparelhos eletrónicos na agua?
Aparelhos que são sempre excelentes quando não fazem falta!
Já dizia o Leonardo da Vinci
"A simplicidade é o mais alto nível de sofisticação"
Sem querer ser dono da razão, simplesmente não contesto a Palamenta Obrigatória,
simplesmente tenho-a em bom estado, e acrescento mais uns itens que podem vir a dar jeito
Aprender a dar nós...
No mundo dos veleiros temos cordas a pontapé... tudo tem uma corda,
e nas pontas dessa corda tem a porra dum nó, que é sempre bem dado e que nunca se desata sozinho...
Bom, uma coisa devemos saber...
no mundo dos marinheiros não há "barcos" mas sim Embarcações,
as cordas são sempre conhecidas e chamadas por cabos,.
então não esquecer:
corda = cabo
cordas = cabos
então não esquecer:
corda = cabo
cordas = cabos
Dar um nó cego é coisa que até fazemos de olhos fechados, deve ser o primeiro nó que todos aprendemos na vida... também aprendemos que às vezes ter que desata-lo, é que é o elas.
O segundo nó que todos aprendemos a dar um dia é quando começamos a atar os atacadores dos sapatos,
Mas esses nós, de pouco ou nada nos vale numa embarcação,
Os nós que vamos usar têm de garantir que não se desatam,
e que também os podemos desfazer facilmente (desata-los)...
Por isso temos que aprender uns quantos nós:
Nó de oito
é um nó simples que praticamente serve para fazer enchumaço na ponta dum cabo...
Nó lais de guia
Arrumar os cabos
Entender a Bote
Quando comecei a fazer Vela, os termos "técnicos" que usava eram:
- lado de dentro / lado de fora / mastro / vela / corda da vela / e pouco mais...
Mas com o tempo, comecei a ter necessidade de conhecer os verdadeiros nomes das coisas...
Tal como uma Mota tem os seus nomes específicos (rodas / guiador / motor / etc etc),
as embarcações também os têm,
e facilita saber esses termos para procurar informações...
Basicamente e de uma forma resumida, temos:
(clicar nas imagens para aumentar)


Por isso temos que aprender uns quantos nós:
Nó de oitoé um nó simples que praticamente serve para fazer enchumaço na ponta dum cabo...
Nó lais de guia
o nó lais de guia serve para quase tudo... desde amarrar uma embarcação, para atar uma adriça ou uma escota, com a grande vantagem de ser sempre fácil desata-lo.
Reza a história que em 1954 foi descoberto uma embarcação com 4500 anos do faraó Queóps com vários cabos bem preservados, e em alguns desses cabos existia o nó lais de guia...
além da sua idade este nó é aconselhado a ser usado quando a vida de alguém depender de um nó,
tão simples como isso...
Reza a história que em 1954 foi descoberto uma embarcação com 4500 anos do faraó Queóps com vários cabos bem preservados, e em alguns desses cabos existia o nó lais de guia...
além da sua idade este nó é aconselhado a ser usado quando a vida de alguém depender de um nó,
tão simples como isso...
Arrumar os cabos
Como não podemos ter os cabos transformados num "ninho de cegonhas", é importante que também sejam bem enrolados e atados.
Entender a Bote
Quando comecei a fazer Vela, os termos "técnicos" que usava eram:
- lado de dentro / lado de fora / mastro / vela / corda da vela / e pouco mais...
Mas com o tempo, comecei a ter necessidade de conhecer os verdadeiros nomes das coisas...
Tal como uma Mota tem os seus nomes específicos (rodas / guiador / motor / etc etc),
as embarcações também os têm,
e facilita saber esses termos para procurar informações...
Basicamente e de uma forma resumida, temos:
(clicar nas imagens para aumentar)


O "patilhão" é das coisas que mais perguntas atrai...
este apêndice é quase tão importante como as velas, e tem basicamente duas funções:
- ele transforma a força lateral do vento nas velas, em movimento longitudinal...
(ou seja, sem o patilhão, quando o vento enchesse as velas, o barco deslocava-se para o lado em vez de ir em frente)
- também é responsável por fornecer estabilidade...
Nos veleiros maiores o patilhão normalmente é lastrado (por ex. com chumbo),
e nos veleiros ligeiros pode ser (ou normalmente é) retráctil.
Mastro, vela ou velas (clicar nas imagens para aumentar)

Os cabos que usamos para içar e suster a(s) vela(s) e etc
são conhecidos por "adriça"
"Escota" é o cabo que ajusta a(s) vela(s) em relação ao vento
A vela tem ainda uma serie de ajustes como o "Boom Jack" (ou Burro),
que impede a retranca de subir.
Velejar...
Uma vela tem que ter um formato que permita o vento fluir pelos dois lados, mas ao mesmo tempo criar uma pressão de ar maior do lado interior que do lado exterior. O desequilíbrio entre essa pressão interna versus externa é que impulsiona a embarcação.Simplesmente tal como um avião consegue fazer o fenómeno do desequilíbrio de pressões entre a parte de baixo da asa e a parte de cima, que lhe permite ganhar sustentação, os veleiros fazem exactamente o mesmo quando vão à bolina.
A única diferença entre a vela e as duas asas do avião, é que a segunda "asa" do veleiro é a o seu casco ou patilhão ou quilha, e o leme.
Resumindo e concluindo, um lençol nunca será uma vela (ou pelo menos uma vela aceitável),
fazer com que essa teórica escrita em cima resulte, é mais fácil que aquilo que se pensa...
e por tentativa e erro facilmente encontramos o melhor compromisso.
O lado donde sopra o vento chama-se "barlavento" ,e o lado para onde vai o vento chama-se "sotavento" .
"Orçar" é quando a proa se aproxima do sentido do vento e a vela perde força; e "Arribar" quando se afasta e enche a vela.
Se velejamos contra a o vento, diz-se "ir à bolina" ou "bolinar" ; se temos o vento pelo lado da embarcação, chamamos-lhe um "largo" e se vier de popa (de trás) é simplesmente uma "popa"
Materiais a usar...
Os acidentes acontecem muitas vezes por fatiga dos materiais,
as coisas partem-se e "pimba" e tá o "baile armado"
O ambiente marítimo, agua, sal, os "uv" (sol ou raios ultravioletas),
aguas agitadas, movimentos violentos,
peças a suportarem forças próximo da carga de rotura, etc etc
isto para dizer,
que a qualidade dos materiais usados faz toda diferença a curto, medio e longo prazo,
entre ter um acidente, falha de algo, ou outra coisa nada boa...
Aço Inox A4
Conhecido na gíria por aço inox 316 ou marítimo,
que é normalmente identificado nos próprios parafusos por A4-80 ,
o A4 ou AISI 316, é também conhecido por aço à prova de ácidos altamente corrosivos, como a maresia e atmosferas industriais ricas em ácidos oxidantes
Aço Inox A2
É o inox mais comum usado em parafusos (mais barato quando comparado com o A4),
é normalmente identificado por A2-70 e dá-nos uma boa resistência à corrosão,
o A2 ou AISI 304 é à prova de ácidos orgânicos ou soluções de sais e substancias alcalinas.
Para um Bote (dinghy) que dorme numa garagem, e que ocasionalmente é lavado com agua doce, o A2-70 (AISI 304) cumpre o objectivo, ou em 3 anos não vejo problemas com a oxidação...
Contraplacado
Existem muitas qualidades de contraplaco,
Basicamente é madeira laminada, colada através de calor com colas muito fortes (resina fenólica),
a sua resistência mecânica é determinada por vários factores:
- tipo de madeira usada como matéria prima (Bétula é das melhores)
- numero de camadas, que são sempre em numero ímpar, e quanto mais finas melhor,
- a temperatura e pressão de fabrico
A qualidade da resina usada no fabrico determina a resistência à humidade. O uso de resina fenólica é um dos aspectos mais importantes, e que dá o nome ao "contraplacado marítimo", e apenas o este dá-nos garantias de ser um bom compromisso.
...e etc etc etc etc etc etc..................................
Tópico em construção
e nunca vai estar completo...
se é que percebem onde quero chegar...
se é que percebem onde quero chegar...
pois neste campo será preciso viver uma vida para aprender a viver...




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