2013 acabou... e 2014 começou...

Acaba um e começa o outro,
É aquele fenómeno que acontece todos os anos e que damos o nome de "passagem de ano"
ou para os mais finórios, recebe o nome de "Réveillon"
palavra que deriva do verbo "révill nãseiquê", que significa despertar...

Despertar para a realidade ? ! ? !
Não me posso lamentar, tive um belo ano, e continuo a ter a sorte do meu lado...
mas tenho visto tanta gente amiga a passar mal, tanta gente a viver a "balões de soro"...
tanta gente já com a "língua de fora" que me deixa baralhado e sem encontrar motivos para festejar...

Não quero entrar em politiquices,
e apenas quero dizer que estou muito grato por estar bem,
mas muito longe de estar minimamente feliz com o que estamos a viver no nosso Rectângulo...
(ponto final paragrafo)

Todos os anos, faço questão procurar um sitio para ver o nascer do sol...
Eu não ligo muito à passagem de ano propriamente dita... é claro que fico sempre alegre, nem que seja contagiado pela alegria dos outros...
Mas o que eu gosto mesmo no 1 de Janeiro, é ver o sol nascer...
Gosto de estar em silencio a ver a luz do dia a aparecer lentamente...

e assim foi...





Fomos à procura dum lugar isolado e virado para oeste, de preferência com muita agua no horizonte...

Escolhemos umas instalações militares abandonadas, que têm isso tudo mais uma das melhores vistas...

Estávamos na 7ª Bateria do R A C (Regimento de Artilharia de Costa) e iríamos aproveitar para visitar o que resta das instalações...

Levei uma lanterna, para poder entrar num paiol...
O paiol fica a uns 9 metros debaixo do solo, onde ser de dia ou de noite é indiferente, pois a única luz que vamos ter lá em baixo, é a que levarmos...

O acesso ao paiol, é estreito, longo, húmido, e quase assustador...

Encontrei as salas de armazenamento das munições,
tudo era bruto e maciço, mas o que me surpreendeu era o ar fresco e normal que se respirava nestas salas subterrâneas...





Nunca me passou pela cabeça, que iria encontrar companhia dentro do paiol...
e apanhei um valente susto... o primeiro do ano...
As salas eram amplas e vazias, e nada nem ninguém poderia estar ali sem que eu visse,
cada foto que tirava por milésimos de segundo ficava de dia...
...e quando estava a fotografar o monta-cargas de munições fui abalroado por uns vultos pretos a voarem aos "ss" como borboletas num dia de vento
Deviam ser morcegos... ou de certeza que eram morcegos.





Era altura de voltar para a companhia da XT, que tinha ficado de sentinela junto aos canhões (1)...
(1) Peças Vickers de 15,2cm

(1) Peças Vickers de 15,2cm





Ainda havia muito para bisbilhotar...
e fomos conhecer o resto das instalações...




Isto noutros tempos, deveria ser algo imponente e que deixava qualquer um de olhos bem abertos,
mas agora são apenas ruínas...
ou simplesmente um edifício esquecido, que já foi vandalizado e pilhado,
esta inundado, indefeso e à mercê do tempo.




Grande parte do edifício é um autentico castelo, que deve ser do tempo dos arcos e das flechas
...com uma construção muito elegante e robusta.

 





Era altura de voltar para casa...
voltar para junto da minha família, antes que dessem pela minha falta...
e antes das 9 e pouco da manhã estava em casa...

como a tradição é para manter
Eu e Ela fomos novamente ver o ano nascer
Bom Ano... págente e pa'elas

Edgar